Hoje, falaremos sobre roteamento de VLANs. Estaremos resumindo este tema em um artigo mais curto, uma vez que abordamos o roteamento de vlan quando exploramos a série de artigos, entendendo vlans. No entanto, não cabia falar de roteamento mais profundamente, uma vez que não havíamos passado por esse conteúdo ainda. Então, agora, que aprendemos sobre roteamento IP, vamos fechar o tema vlan dando enfoque no roteamento.
Limitações de VLAN
A VLAN restringe a comunicação entre dois hosts em diferentes VLANs enquanto divide o domínio de broadcast.
Resumindo, como sabemos, vlans diferentes não podem se comunicar umas com outras sem que haja o roteamento.
Então o PC 1, não pode se comunicar com o PC 2 ou PC 3. O PC 2 não pode se comunicar com PC1 ou com o PC 3. O PC 3 consequentemente também não pode se comunicar com os PCs 1 e 2.
Resumindo o Roteamento de VLANs com Switch L3
Para que essa comunicação aconteça precisamos de um switch layer 3. Isso porque, sabemos que o switch de camada 3 suporta a função de roteamento. Então podemos criar interfaces Vlanif para cada vlan, fazendo com que essas sejam os gateways de nossas redes.
Assim, o PC 2 poderá encaminhar, através de seu gateway, os dados para o PC 3. Este, no que lhe concerne, poderá encaminhar os pacotes de volta para os PCs 2.
Então, em vista de interfaces vlan, os PC 1, PC 2 e PC 3 poderiam se comunicar. Porém, o PC 1 está em um segmento de rede diferente do PC 2 e PC 3. Nesse momento ele ainda não poderá se comunicar com os PCs 2 e 3. Para que a comunicação ocorra, podemos configurar entre os switches de camada 3 uma rota estática. Mas como temos algumas redes diferentes para configurar, podemos usar a rota default ao invés de configurar uma rota estática para cada rede.
Adicionando uma rota default no Switch Layer 3
Veja no nosso exemplo que configuramos tanto no SW A, quanto no SW B, uma rota default. Cada qual, apontando o next hop para o outro switch layer 3. Ou seja, o next hop do SW A será o SW B, enquanto o next hop do SW B será o SW A.
Configuração de rota default no SW A, apontando o next hop para o SW B e exibição da tabela de roteamento do SW A:
[SWA]ip route-static 0.0.0.0 0 10.1.12.2
[SWA]display ip routing-table
Agora vamos configurar a rota default no SW B, apontando o next hop para o SW A:
[SWB]ip route-static 0.0.0.0 0 10.1.12.1
Assim, o PC 1, para se comunicar com o PC 2, tendo seu gateway apontado para o SW A, encaminhará sua requisição para o SW A, que ao analisar sua tabela de roteamento não conhecerá a rede do PC 2, logo, encaminhará para sua rota default, no nosso caso o IP do SW B. O Switch B no que lhe concerne, analisando sua tabela de roteamento perceberá que a rede do PC 2 está na sua tabela de roteamento diretamente conectada a interface Vlanif 20, então encaminhará o pacote para o destino correto, o PC 2.
O PC 2 irá então devolver o pacote usando o mesmo critério para fazer o caminho de volta para o PC 1 e a comunicação se dará sem problemas.
Perceba que, caso o SW B não conheça a rota de retorno para a rede do PC 1, a comunicação não ocorrerá. Essa análise é de suma importância para troubleshooings, pois é comum vermos esse tipo de comportamento em um ambiente real, onde o pacote é transmitido corretamente, mas a outra ponta não retorno o pacote para a origem, tornando então a comunicação incompleta. Então devemos sempre analisar os dois sentidos da comunicação.
Conclusão
Por fim, concluímos a série de artigos sobre roteamento IP. Vimos ao longo dessa série desde a conceituação básica, até a classificação de rotas, configurações de rotas estáticas, tabela de roteamento e prática de comandos para roteadores e swtiches layer 3 da Huawei.
Na próxima série de artigos estaremos entrando no mundo PON. Toda conceituação vista até aqui, podemos considerar um nivelamento em redes para podermos enfim explorar a tecnologia PON que é o foco deste programa.
Não deixe de comentar, sua opinião é de fundamental importância para seguirmos melhorando cada vez mais nosso conteúdo.
Até a Próxima.
