Quando falamos de redes de grande escala temos topologias complexas com diferentes departamentos, sedes e filiais que podem residir em diferentes redes. Então, os roteadores são parte fundamental para conectar diferentes redes e para garantir o encaminhamento de dados entre as redes e para isso precisam gerar uma tabela de roteamento, que servirá como mapa para o encaminhamento do pacote a partir do roteamento IP.
Esta série de artigos apresentará, então, os fundamentos do protocolo de roteamento, classificação e configuração de roteamento em roteadores da Huawei. Lembre-se que falamos em artigos anteriores sobre endereçamento IP e o conceito básico de roteamento. Desse modo, recomendo que tenha o conhecimento básico de Redes para melhor aproveitamento deste material.
Você verá, assim, bastante informação sobre os protocolos de roteamento, como configurar a rota estática e dominar o princípio do roteamento de VLAN.
Então, ao final dessa série de artigos você poderá responder a perguntas como:
- O que é roteamento?
- Como faço para configurar rotas estáticas em roteadores da Huawei?
Visão Geral do artigo Roteamento IP
Hoje, falaremos sobre os fundamentos do roteamento.
Como sabemos, os roteadores funcionam na camada 3 da pilha de protocolo TCP/IP e sua principal função é garantir o roteamento entre redes distintas.
Por padrão, se dois PCs quiserem se comunicar, eles devem estar no mesmo segmento de rede. Porém, se dois PCs pertencem a diferentes segmentos de rede, eles devem usar roteadores para encaminhar os dados e então se comunicar.
Os switches Ethernet funcionam na camada de enlace de dados para encaminhamento de dados em um mesmo segmento de rede. No entanto, a topologia que vemos na rede corporativa é mais complexa, onde temos departamentos diferentes, sede se comunicando às filiais, por exemplo, provavelmente estarão em redes diferentes. Nesta situação, um roteador é necessário para conectar diferentes redes e encaminhar pacotes entre elas.
Objetivos
Após a conclusão desta série de artigos, você será capaz de:
- Compreender o básico dos protocolos de roteamento.
- Entender a classificação do roteamento IP.
- Compreender e configurar Rotas estáticas em roteadores da Huawei.
- Dominar o princípio do roteamento de VLAN.
No artigo de hoje darei uma visão geral sobre o Roteamento IP e a Tabela de Roteamento.
O que é roteamento IP?
O roteamento é uma informação de caminho que pode guiar o encaminhamento de pacotes IP. É como um mapa. Uma rota é o caminho ao longo do qual um pacote é transmitido da origem ao destino.
Quando várias rotas estão disponíveis no roteador, levando para o mesmo segmento de rede de destino, o roteador encaminha o pacote segundo a rota ideal na tabela de roteamento, e para isso existem alguns critérios de análise para escolha do melhor caminho.
Então, o que é roteamento? Nesta figura, o endereço IP do PC A é 192.168.100.0. Por outro lado, o endereço IP do PC B é 172.16.1.0. Perceba que eles estão em diferentes segmentos de rede.
Se o PC A quiser encaminhar dados para o PC B, ele deverá passar por alguns roteadores.
Assim, quando o roteador A receber os dados, ele verificará a tabela de roteamento.
Conforme ilustrado acima, há uma rota na tabela de roteamento do roteador R1. A rede IP 172.16.1.0, corresponde ao endereço IP de destino, portanto, o roteador A encaminhará os dados por esta rota.
Esta rota é uma rota estática e o próximo salto (next hop) é o IP 192.168.12.2, que corresponde ao elemento de rede que receberá o pacote encaminhado pelo R1 pela interface de saída é GEO/0/1.
A tabela de roteamento é como um mapa. Isso pode ajudar o roteador a encaminhar dados para o destino.
Depois que o roteador A receber o pacote e encaminhar os dados para o roteador B, o roteador B também verificará a tabela de roteamento para encontrar o destino e a máscara ou o próximo salto e, em seguida, encaminhará os dados para o próximo roteador até chegar ao seu destino, no nosso exemplo, o PC B.
O que é Roteamento IP Dinâmico
Conforme vimos anteriormente, para que o PC A, possa se comunicar com o PC B, estando em seguimentos de rede distintos, precisamos de roteadores fazendo o roteamento de pacotes em camada 3. No entanto, nosso exemplo mostrou um cenário em que o roteador conhecia a rede do PC de destino através de uma rota estática instalada no roteador. Agora, imagine uma rede de grande porte, onde teríamos que configurar dezenas, às vezes centenas ou milhares de rotas. Não seria saudável configurar rotas estáticas, pois a administração seria inviável e muito suscetível a falhas, uma vez que a instalação de uma rota estática se dá de forma manual.
Como resolver o problema de excesso de rotas estáticas?
Então, para, resolver essa questão existe o roteamento dinâmico, que veremos com maior profundidade nos artigos que seguirão, mas, posso adiantar que tornarão esse processo mais dinâmico, como o próprio nome sugere, onde em suma, um roteador iniciará um relacionamento com outros tantos roteadores que aprenderão as redes anunciadas pelo roteador que detém uma determinada rede, sendo desnecessária a configuração manual de roteamento estático em cada um dos roteadores da rede que precisarão conhecer aquela rede.
Conclusão
Por fim, no artigo de hoje demos uma visão geral sobre o que virá nessa série de artigos sobre Roteamento IP. Vimos que para se comunicar, dois computadores em redes distintas podem passar por inúmeros roteadores de camada 3, sendo necessário consultar a tabela de roteamento de cada roteador a fim de que o pacote chegue da origem ao seu destino buscando o melhor caminho identificado na tabela.
No próximo artigo falaremos sobre a tabela de roteamento e sobre métricas para escolha do melhor caminho, quando existe mais de uma opção para que o pacote alcance seu destino.
Não deixe de acompanhar os próximos artigos dessa série. Até o próximo artigo.
